Explorar novos trilhos exige coragem, visão e audácia — mas nem todos partem do mesmo lugar. Esta roda de conversa propõe um olhar sobre o que significa, para diferentes pessoas, circular em liberdade, em especial para quem carrega camadas de vulnerabilidade que condicionam a sua presença no espaço público.
Falamos das mulheres, que continuam a ser as principais vítimas de assédio e cuja liberdade de circular, ser e estar é moldada por um constante cálculo de riscos. Mas falamos também das crianças, das pessoas com deficiência, das pessoas LGBTQI+, de quem não se enquadra nas normas de género dominantes — e para quem o território, em vez de prometer descoberta, pode representar ameaça.
Com a presença de Daniela Neto, doutoranda em Sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, esta conversa convida-nos a pensar:
– De que forma a geografia de um lugar condiciona a perceção de segurança?
– Como o desenho urbano, a iluminação ou a ocupação dos espaços públicos afetam a liberdade com que nos movemos?
– Que estratégias e políticas podem tornar os nossos bairros, praias, ruas e florestas mais seguros e inclusivos?
– Como podemos garantir que a sustentabilidade inclui também a segurança de quem habita e atravessa os territórios?
Numa aldeia marcada pela memória dos que ousaram procurar o mar, queremos agora escutar quem continua a procurar caminhos. Caminhos onde tod*s possam circular com liberdade e em respeito por quantos formam as nossas comunidades.